domingo, 7 de dezembro de 2014




Raios serpentinando pelas frinchas desta porta, e a criança lá dentro, como estátua de sal pontua a penumbra que me cobre como um cobertor demasiado curto onde os pés sobressaem ligeiramente arroxeados do frio acumulado. Reverberam vozes agudas, longínquas, risinhos inocentes pela parede que divide do condicional, pleno de mofo e teias de aranha. Deste lado só vácuo, ranger de dentes uma boneca amputada e cega e o buraco negro que já me sugou, ruminou e cuspiu com nojo.

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