(...) E a belíssima melancolia das estreitas ruas Lisboetas que atravesso nesta noite enchem-me outro copo de vinho que acompanho com um cigarro. E menos uns anos de vida que perdi por cinco minutos de saborear este mesmo cigarro que tanto ansiei. O vinho nunca me soube melhor. Eu, sinceramente, não sei o porquê. Pensando sobre isso... diria que é pela saudade. Não do vinho, porque essa nunca existe... e dos cigarros muito menos, pois fumo um a cada hora ou menos. Mas a saudade de deambular por Lisboa, a saudade de ver a noite cair sobre os prédios arruinados, a calçada que na turva bebedeira se torna o maior obstáculo a alcançar, as luzes que avistamos de cada miradouro, a poesia do vento que por aqui atravessa. A saudade disso tudo faz com que tudo pareça melhor, o vinho, os cigarros, as pessoas... até mesmo as ruínas históricas de cada rua parecem ter uma beleza impossível de traduzir. E mais uma vez... pergunto-me, como? Como é que num país onde se respira melancolia em cada esquina se pode encontrar tanta beleza que em mim eu não vejo?!
domingo, 4 de dezembro de 2016
quarta-feira, 4 de maio de 2016
N is for Neon [The alphadeath Codex]
Drifting relentless
A sea saw sway takes
me away
Far, far into foreign
shores
Where amongst the
pebbles and the seaweed
I lay to rest one more
time
The salty corrosion of
my bones
Carved the most curious
form of writing
Like a mermaid’s suicide
letter
Maybe a starfish telegram
A seahorse dances in
the ebb and flow
A murmur from the deep
resonates
All is quiet, all is
loud
A thunderstorm rips
apart the endless horizon
Making the sea foam glow
in electric blue
And the ocean lit up
like neon
I here again, I’ve
been here forever
Dreaming and drowning in
sorrow
Marooned in a lonely
place
Seagulls come to sing
at my wake
As my body becomes
sand and my soul turns to salt
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