terça-feira, 28 de outubro de 2014

J is for Jaded [The Alphadeath Codex]



Say the word

A gentle scream unleashed in the roaring silence of the night
A gasping sound echoing into a blood drenched hollow oak
Eyes open engulfing pictograms of crimson light consuming light
An eerie blinding bursting light
Draws the words left unspoken

Say that word

The one that burns in my cold lips
And tears your heart into shatters
Say it like it matters
As if the stars would crumble into the land

Say it now
Because no one else can

Scream that word
Shout it aloud so no one can hear you
Rip it from your lungs into the saturated air
Say it  like you mean it
Like you really care

Say it
If you dare

Say it again and again
And again
That jaded feeling of forgiveness
And sorrow

Softly breathe it
Into my weary mouth
Say that you love me
Maybe if you mean it
Somehow

Amidst the chaos
And run-arounds
I’ll live again
But
It really doesn’t matter anyhow

Say that word

Say goodbye
Say it like you mean it
For this time
You will not be saying a lie







domingo, 26 de outubro de 2014



Deito-me no chão a olhar pela janela e no tempo eu me perco. O céu está cinzento. E essa cor é tudo o que eu vejo... Se os sentimentos fossem cores eu seria cinzento. Perderia-me na neblina matinal de Inverno dentro de mim própria. E nela sou apenas um vulto que lá passeia permanentemente. Nisto, já eu me perdi inúmeras vezes. Acho que na verdade, cada vez que consigo sair, iludo-me. E mais uma vez estou aqui. Perdida. Confusa... E sinto fervilhar o sangue, sinto a frequência cardíaca acelerada, as minhas mãos tremem. Algo me tornou vulnerável. Já não consigo dormir de noite. Esta imensidade de emoções corroí-me por dentro. E contar só comigo para lidar com o que sinto exige demais de mim, mais do que posso. E isto, isto que sinto e não sei... é interminável. Sinto o desespero dos gritos da minha cabeça. Os tapetes do meu quarto disfarçam as poças secas que eu deixei criar. No entanto, nada faço. Deixo passar. Acolhi-me a esta rotina emocional. Em mim ficou um pedaço de nada, um vazio, um espaço frio. Mantém-se aqui, comigo, intocável. E aos poucos e poucos, espalha-se por mim. Dentro de um poço profundo, sinto-me a cair como se nunca fosse chegar a um fim. Sinto o tempo desvanecer por entre os meus dedos. Não posso agarrar as pequenas boas sensações. Essas voam diante dos meus olhos para longe... e eu permaneço aqui, estática. Numa queda profunda sobre o incerto. E comovida, as lágrimas criam o meu amparo, onde afogo os meus pensamentos. Onde me afogo a mim mesma. E no desconhecido constante embora consciente, eu vivo. E vou deambulando a ouvir o bulício das vozes agudas que me arrepiam. 
Acolho em mim toda a melancolia que cabe num mundo. E devagar, devagarinho, calmamente, adormeci uma parte de mim junto dela que confortavelmente habita-me. E, arduamente, sinto-a manifestar-se no meu ser. 
(...)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Voo TP 706





Até mesmo os olhos fechados ao exterior, aceleravam o coração na corrida para o mundo a descobrir por dentro outras coisas, tão novas que lhe eram agora intimidade suprema de si.

Colecções de lembranças em caixas de cigarrilhas, douravam-lhe a pele, o cabelo, o olhar de uma luz ambarina.

De mãos dadas com o tempo, escreve, descreve, imagina… sucinta textos desfragmentados a tinta permanente, azul, cor da infância e dos laços nas tranças. 
Crepuscular o vazio do estômago quando o avião levanta voo, num misto de grito incandescente de vida escorrida dos dedos que se conformam nas mãos esculpidas. Como se fossem mármore.

Viaja em velocidade uterina, o sabor do jantar a passado, como quando se deseja muito algo que acontece decorrido tempo demais, o sabor a guardado, quase naftalina bolor de prado estéril.

Aquela noite era diferente. Imperava o contraste de uma tarde de insónias misturadas entre o fabricado, o fumo de palavras implícitas, os cheiros dos restaurantes take-away. O jantar desconfortável na busca de olhares em que as mãos eram o repasto e os dedos, sinfonia.

Queria tudo, numa fome e sede profundas, coloridas, licorosas.

Então num gesto em que se fecha e desenha, confirma o modo avião no telemóvel, na esperança de uma sms de última hora.

Cerra as pálpebras no gesto de raiva que lhe fere o lábio inferior. Entre um soluço mudo e uma lágrima invisível, engole o adocicado do sangue que é também, rubor.


Impossibilidades

É onde a cabeça de uma sweet little sixteen cai, frequentemente. Rola, desespero abaixo e, pum, estilhaça-se no vazio. Foge, acelerada, do...