sexta-feira, 27 de abril de 2012

All is One




sobe o tom do meu grito ávido
 
das tuas formas que me completam o olhar
 
nesta noite em que me perco de encontro ao teu peito
 
onde me fazes barco em naufrágio de cinza dos teus cigarros apagados
 
como se as paredes de papel com que forras o nosso romance 

fossem vagas de lume possuídas por sonetos balbuciantes

os verbos que soletras

nos meus seios que te enchem as mãos

vazias das sombras

sempre que me afagas os lábios pintados de sémen

com que te beijo

o corpo cantante

tocante

alto e másculo

tantas vezes errante
 
no meu

que é memória

em decalque de orgasmos simultâneos.

3 comentários:

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