A cal ferve
no poial caiado a panos quentes
Não se quer irritar os tornozelos zonzos
Quer-se que
a mão de lixa abra o postigo
que a voz mendigue sopa de letras em direcção à panela de
barro
e acabe de vez com o fastio
(Talvez o maltês oiça sem assomar a cabeça)
Mas já passaram uma data de dias
em que os pés fundidos ao chão metálico
não abalam senão para o coração
de coronárias apertadas de aperto
de batimentos que são contos, cantos, contas
presos com pontos nas pontas de pranto
na bainha do poial
(cozido ou cosido a linha de alinhavar com cheiro a peixe)
debaixo da porta
que tem o postigo
que tem gente
que não abre.
Regressar a este espaço, é como voltar a sentir aromas dos lugares onde fui (e sou) feliz. E estes textos, TiiL, são postigos abertos à inocência das cores.
ResponderEliminarMagnífico!