Encostei-te à
parede e fui arrancando suavemente a tua roupa. Os nossos corpos fundiram-se
sedentos um do outro. Por momentos os nossos olhares digladiaram-se numa batalha silenciosa.
O brilho do teu reflectia-se no espelho do meu.
Sorvi dos teus
lábios a paixão, tu puxaste-me para ti como se fosse possível fugir àquele
abraço furioso.
Fizemos dos lençóis uma praia silenciosa após
uma tormenta. O suor misturava-se, percorri com os meus lábios cada centímetro do teu pescoço. Com as mãos viajei pelas
curvas suaves dos teus seios. As tuas unhas arranharam-me levemente as costas e
eu tremi de prazer. Um arrepio percorreu a minha espinha e explodiu na minha
boca sob a forma de um suspiro. Os nossos gritos lutavam uma batalha desgarrada,
cada um seguido do outro até à explosão conjunta.
A nossa dança
parecia interminável, o coração acelerou, a adrenalina disparou e num momento
de puro êxtase perdemo-nos no limiar da razão.
Uma sensação de
liberdade tomou conta do meu corpo e abracei-te na tentativa de parar o tempo.
O chão pareceu parar, ofegante e feliz beijei ao de leve os teus lábios
enquanto meio rouco e tímido sussurrei nos teus ouvidos um amo-te sentido.
Ali ficámos
abraçados, a olhar o tecto, sob o brilho ténue das velas, sob a harmonia da
melodia que brotava das colunas e que agora se fazia ouvir de novo...
And I wonder if you ever wonder the same, I still wonder...
Fixei o teu rosto,
o teu sorriso invadiu o meu olhar. Com um novo beijo selei o momento e chamei o
sono.
Adormecemos
ansiosos pelo dia para sonhar uma nova noite.
Bruno:Carvalho
...de rompante!
ResponderEliminarbem-vindo