sábado, 25 de fevereiro de 2012

Chamaste-me como se eu fosse brisa e fui como se fosse vento


Depois de já ter engolido o meu lamento,

De repente quiseste-me outra vez a teu lado.

Chamaste-me como se eu fosse brisa e fui como se fosse
vento.

Novamente ter contigo, o sentimento agridoce.

Esperaste-me enquanto dormias. Eu acordei cedo e cheguei.

Fosse como fosse,
Do caminho entre o levantar e o aparecer à tua porta, nada viste enquanto dormiste.
Das dúvidas, pesadelos que tive durante a noite, nada soubeste.

Eu fui, como quem sai de sua casa ao encontro de um filho perdido na floresta.
Com o único intuito de salvar o nado-morto que nunca viveu,
Mas que é o único vestígio de nós dois que me resta.

Resgatar das cinzas do meu desespero uma certeza qualquer.

Como um cão que escava no chão em busca de um osso

Entreguei o que era teu e fiz do que era meu, nosso.

Agora que já sabes os meus segredos, e a parte que para ti não presta

Já descongelaste um bocadinho os teus medos?

Por ti caí. Mas mesmo cega lá consegui levantar-me.

E, ainda que nunca consigas amar-me

Sei que já tive o melhor de ti,
Altiva seguirei o meu caminho
Talvez, segura, feliz e acompanhada

E o teu como será? Como escolheste, indeciso e sozinho?
Deixa estar...não ficarei amarguada.
Quando me chamares outra vez, o vento já me levou e de ti não restará nada.

MM’ 22 Fev 2011

Sem comentários:

Enviar um comentário

Impossibilidades

É onde a cabeça de uma sweet little sixteen cai, frequentemente. Rola, desespero abaixo e, pum, estilhaça-se no vazio. Foge, acelerada, do...