Bálsamo de outrora.
Outrora,
a inocência escrevia,
E a imaginação,
essa sem regra
ou controlo...
Ia plantando a felicidade nos jardins,
e alimentando os sonhos de mão cheia.
Dou por mim a chicotear-me,
Quando há horas de silêncio
E o embalo me traz quimera,
Utopia proibida, ilimitada.
Agora apenas me limito,
limitado a limitações,
a vidraças intransponíveis.
Avassalado por realidades reais...
empíricas em demais.
Um esforço para manter o equilíbrio,
Deixar os pés pela ponta dos dedos,
em busca de uma ampulheta simétrica,
castigadora, entre o real e a fantasia.
Um contraste absurdo entre o espaço,
e o tão impiedoso Tempo.
A minha loucura nasce
Destas frias paredes,
Por mim ornamentadas.
Erguidas à luz da lei humana.
E que maior fonte de ilusão, sonho ou beleza existe do que a realidade? O teu belo poema, ao materializar-se na tua mente, paradoxalmente, contraria a mensagem que transmite. Muito bom.
ResponderEliminar"Quando há horas de silêncio
ResponderEliminarem busca de uma ampulheta simétrica,
limitado a limitações
a inocência escrevia
em busca de uma ampulheta simétrica
E a imaginação,
essa" é do Frederico Vanesgard