sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Lei

Bálsamo de outrora.

Outrora,

a inocência escrevia,

E a imaginação,

essa sem regra

ou controlo...

Ia plantando a felicidade nos jardins,

e alimentando os sonhos de mão cheia.


Dou por mim a chicotear-me,

Quando há horas de silêncio

E o embalo me traz quimera,

Utopia proibida, ilimitada.

Agora apenas me limito,


limitado a limitações,

a vidraças intransponíveis.

Avassalado por realidades reais...

empíricas em demais.


Um esforço para manter o equilíbrio,

Deixar os pés pela ponta dos dedos,

em busca de uma ampulheta simétrica,

castigadora, entre o real e a fantasia.

Um contraste absurdo entre o espaço,

e o tão impiedoso Tempo.


A minha loucura nasce

Destas frias paredes,

Por mim ornamentadas.

Erguidas à luz da lei humana.

2 comentários:

  1. E que maior fonte de ilusão, sonho ou beleza existe do que a realidade? O teu belo poema, ao materializar-se na tua mente, paradoxalmente, contraria a mensagem que transmite. Muito bom.

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  2. "Quando há horas de silêncio
    em busca de uma ampulheta simétrica,
    limitado a limitações
    a inocência escrevia
    em busca de uma ampulheta simétrica

    E a imaginação,
    essa" é do Frederico Vanesgard

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