Como seres descontínuos arrastámo-nos pelos caminhos
Em busca de um novo alento para as almas já velhas e gastas
Esburacadas por tanto ver e sentir...mas usadas por tão poucas pérolas.
Como partículas errantes, procurámos a cura da carência ancestral:
Em todos os lugares errados, moradas incertas, caras anónimas,
Corpos e copos vazios, mas cheios de nadas.
Apenas uns rasgos de esperança, somente uns tragos de dor ou prazer.
Onde encontrar? Quem? Porque não vieram as respostas às horas marcadas?
Como fazer? Esperar. Ainda. Tentar encontrar, dissecar, compreender.
Mas, para já, o pôr do sol trilhará uma linha contínua:
O amanhã há-de vir e chegará!
Um sítio róseo e imaterial,
Onde, em lágrimas e sangue, nos agarraremos a sorrir
Onde enfim alcançaremos um destino maior, tavez melhor,
Onde, pelo menos por instantes, não tornaremos a cair.
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Bem-vinda, "jornalista" MM
ResponderEliminarAs notícias "para os seres descontínuos" continuam a esperar-se mesmo que o amanhã nunca chegue. :)
TiiL assim que tenha mais notícias sobre o amanhã e dignas de reportagem fá-las-ei circular por estas paragens...:)
ResponderEliminaro nosso medo nunca é de que o sol não nasça amanhã. É de que não o consigamos ver nascer
ResponderEliminarDer Überlende you toke the words from my mouth... por vezes vemos o sol nascer e nem damos por isso...mas imaginar que o sol nasce sem que nós o consigamos ver, que os barcos passem e nós fiquemos sempre em terra, que da alegria à tristeza é um nada e que entre os sonhos e a vida haja uma descontinuidade intransponível, é um MEDO maior...
ResponderEliminarMM
ResponderEliminarpartilho contigo um texto que escrevi há algum tempo mas que toca nesse medo, de um amanhã vazio http://aitd-text.blogspot.com/2010/08/grande-devoradora-morte-da-inocencia-em_01.html
Der Überlende está lido!
ResponderEliminarA morte, a guerra, a grande ausência branca, a desilusão dos sonhos inocentes que acabam assassinados, são temas universais, e muito bem "apanhados" nos teus textos. Gostei muito de ler, OBRIGADA ;)
Mas este meu poema não se aventura por tanto...apenas reflecte um estado de alma, passageiro ou nem por isso, que acomete seres descontínuos (como eu) ao entardecer... ;)