Regressa a casa . A fadiga é insuportável. Redes sem elasticidade nas pernas cansadas. Senta-se ao piano e solta a voz. Num grito de desespero.
É o piano desafinado, numa melodia incontrolável.
Sabor a morango, do qual só aprecia o aroma. Cerejas no vermelho dos lábios a disfarçarem o amargo dos medicamentos. As nêsperas são mais doces quando descascadas por mãos alheias. Inverte-se o olhar numa caminhada singela. Hábito de dor. Levanta-se, abre a janela e debruça-se no parapeito numa espera de Verão. Mesmo sabendo que a Primavera não aconteceu. O calor sufoca as nuvens dos olhares embaciados.
Mergulha no sonho e com o coração a palpitar atravessa indiferente a tarde desarrumada no peito.
Numa espera de quem não sabe aguardar.
29 de Maio de 2009
É o piano desafinado, numa melodia incontrolável.
Sabor a morango, do qual só aprecia o aroma. Cerejas no vermelho dos lábios a disfarçarem o amargo dos medicamentos. As nêsperas são mais doces quando descascadas por mãos alheias. Inverte-se o olhar numa caminhada singela. Hábito de dor. Levanta-se, abre a janela e debruça-se no parapeito numa espera de Verão. Mesmo sabendo que a Primavera não aconteceu. O calor sufoca as nuvens dos olhares embaciados.
Mergulha no sonho e com o coração a palpitar atravessa indiferente a tarde desarrumada no peito.
Numa espera de quem não sabe aguardar.
Neurobiologia do “amor”..
ResponderEliminargosto muito desse lado do espelho
ResponderEliminarReal, doce, desesperado, intenso, musical... música para uma própria vida, terá sido a última? Ou amanhã existirá mais uma "tarde desarrumada"?
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