geme baixo. ela que aprendeu a controlar a respiração ao nível do inaudível, mesmo quando a excitação se acelera e exige gritos.
dança noutro corpo que a ampara nas quedas vertiginosas de sucessivos desmaios. homem firme de pele tisnada pelo sol do ano inteiro. jovem. tão jovem, apesar da espera cansada nas tardes (em) que se querem_______________ noites. com madrugadas tardias, para que os momentos perdurem.
olha-a com ternura e desejo que intensifica orgasmos. olha-a e possui-a mesmo com a boca que insiste em calar com beijos.
toques exploratórios________ de dedos_____________ de línguas______________ de pele com que se prendem em abraços.
numa dança de desejos sempre mais e cada vez mais exigentes. tinge-se de azul o olhar e o rosto infantil é carmim de surpresa em surpresa.
_______________e é quando o rubor sobe e o calor rebenta com as barreiras de suor. e escorre o néctar por entre as pernas que se roçam inquietas nas másculas mãos de mestre. dirá então: amor é também quando os fluídos se t(ro)cam em violentos embates de corpos licorosos. asas que o vento rasa em voos de beijos profundos. uns. leves outros, que a levam até ao limite dos dois. sem limites, sem pudor, tabus que alguns inventam para esconder vícios. que se devem manter tão privados, quanto publicas as virtudes.
fecham-se em círculos viciosos de prazeres. fecham-se de olhos vendados, ao tacto que os reclama no segredo dos sentidos. ensaiam um sorriso e a noite não tem fim. é assim (est)a musica dos amantes.
aqui os círculos viciosos não se fecham, antes pelo contrário, abrem-se sem pudor e sem tabus ao amor, ao desejo, abrem-se à vontade de dois seres...
ResponderEliminarDelicado equilibrio entre aquilo que se revela e a forma como as palavras o escondem. Muito bom. A lembrar-me algumas das imagens sensuais criadas por David Mourão-Ferreira e Eugénio de Andrade.
ResponderEliminarde facto uma música muito bem escrita.
ResponderEliminarsentimos a tua escrita a pulsar de forma delicadamente sem pudor.
abraço.
o amor faz-se com palavras e devora-se sofregamente com gestos
ResponderEliminaradorei
O teu poema é um autêntico tremor suado…
ResponderEliminaradorei!!!
ResponderEliminar"amor é também quando os fluídos se t(ro)cam em violentos embates de corpos licorosos. asas que o vento rasa em voos de beijos profundos." Lindo. De uma sensualidade absolutamente comovente. Parabéns.
ResponderEliminar"é assim (est)a musica dos amantes"
ResponderEliminaradorei...
(finalmente consegui comentar!)