sábado, 17 de julho de 2010
Estranho(s)
É importante para mim
Que depois do dia venha a escuridão
Que a cegueira não nos tire a visão
Que o mundo seja feito de ilusão
Até que descubro por fim
No meio de tanta inquietação
É só mais um dia, enfim
É tão importante para mim
Compreender porque temos que viver
Arrumados em caixas, a enlouquecer
Presos a detalhes, sem nunca saber
Que tudo se dilui no dia de morrer
Entender porque me sinto assim
Tão ansioso por conhecer
O que causa o frenesim
É então que descubro, em mim
O estranho que sempre procurei
Mas que nunca encontrei
Até me encontrar, por fim
Um sentimento de infinita plenitude
Por reconhecer no estranho em ti
Outro igual a mim
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Imaginação, Liberdade.
ResponderEliminarConhecimento, Investigação.
Amor, Saudade.
PS. Afinal, é mesmo genético! ;)
Mas... se não soltamos o que foi bom, ocupamos o espaço do que pode ser ainda melhor...as palavras são sementes...e é tão bom ler te Nuno Oliveira!!:))
ResponderEliminarEstranhos até ao fim. Texto inquieto e importante!
ResponderEliminar"É tão importante para mim
Compreender porque temos que viver
Arrumados em caixas, a enlouquecer". :)
Mostrar a alma quase nua, coberta apenas pelas pelas incertezas nas palavras...é esta a "infinita plenitude" da poesia... "Estranho" e bonito.
ResponderEliminarBom . Muito bom! Entre a aceitação e a interrogação. Entre o ser e porque não ser. A vida na sua plenitude!! Tudo isso que ela própria é. A vida. Estranha. Inquieta. Quieta. Igual. Tão indelevelmente igual. Bem escrita. Melhor retratada. Obrigada.
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