quarta-feira, 30 de março de 2011

Regresso





Pouco a pouco a calma regressa.


Cruzam-se olhares

t(ro)cam-se as mãos,

breve despertar numa dança irreverente.


Indiferente a cor do sol

apenas o azul permanece.


Em golfadas de luz nua

respirares apressados

passos em musica,

inventados os gestos

suspensos os dias,

em que as noites

são madrugadas tardias

as vontades num salgueiro

junto ao rio

num riso cristalino.


Acordo cedo.

E regresso a casa.

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