quarta-feira, 23 de março de 2011

Saudade

Quando penso
que consigo manter a promessa,
a chuva traz-me
a tua memória
envolta
em céu de veludo azul

cintilante
o teu olhar,

de esperas
e palavras proibidas.

Danço na chuva
uma musica antiga,
assim
a fruta madura,

o sentir sem nome,
o corpo em febre,
as
mãos
vazias
de
ti
.

Como resistir aos dias em que a memória me trai?

5 comentários:

  1. Os dias em que a memória não te vai trair, porque o que escreves é um registo tão intenso que ~perdurará para além da vida.

    Tão bonito!

    Beijos do Sul que também é teu

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  2. Acreditando nas estrelas!

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  3. Como se ela (a chuva) nos vivificasse, desidratados, de mãos em concha a recebê-la.

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  4. A poemas AnaMar não se resiste. A memória não nos trai sobre o que se lê, é garantido, sempre foi assim :)

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  5. É dificil esquecer quando é tão sensivelmente descrito e entra directo no nosso coração. Gosto muito

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