sexta-feira, 2 de abril de 2010





Ele abre os olhos e define o contorno das nuvens lentamente, volta a fecha-los como se a eternidade tivesse sincronizada com um tic-tac trémulo. Os cabelos longos e sedosos dela, roçavam-lhe na face enrugada e empedernida. Um riso quase infantil, e a respiração ressonante sentida de peito para peito quase sem recurso a audição. Um loop quase, que um mantra, abafado por um crescente olho de furacão, mais veloz que a luz, como os que corta os sonhos a meio e quase termina num ataque de asma, meio suado, meio gritado. Nada, apenas as ondas a morrerem a seus pés, alguns cães a correrem no relvado atrás de si, crianças a rirem e pontapés numa bola. Um suspiro...
um crescente olho de furacão, mais veloz que a luz, como os que corta os sonhos a meio e quase termina num ataque de asma, meio suado, meio gritado. Um loop quase, que um mantra, surge com uma respiração ressonante sentida de peito para peito quase sem recurso a audição. Um riso quase infantil. Os cabelos longos e sedosos dela, roçavam-lhe na face enrugada e empedernida. Ele abre os olhos e define o contorno das nuvens lentamente, volta a fecha-los como se a eternidade tivesse sincronizada com um tic-tac trémulo que se vai desvanecendo lentamente.

3 comentários:

  1. Estás em grande, puto. Cinco estrelas. :D

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  2. Um texto em espelho, "sincronizado com um tic-tac" que fica na memória eternamente. Muito bom! :)

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  3. saboreando a leitura lentamente...muito bom!:)

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