Da triste vida que não sabe para onde aponta o
Norte.
Não
sei escrever aquilo que julgo ler,
Nem
reparar no que os meus olhos conseguem ver.
Inóspito
é ser cego do merdoso do meu ego
E
reparar que navego no mar onde neva.
Um
tudo frio de um nada vazio da rota que me desvio.
Puta
de sorte que é estar só,
Estar
roto e remendar com um nó.
Estou
ressacado.
(Poesia
elaborado com o espírito do politicamente correcto é uma treta e não é poesia
sentida)
Excelente, brilhante, monumental, magnífico, perfeito. Adorei a relação título-verso final. Parabéns.
ResponderEliminar...meu caro, com tanta violência a escrever ainda partes um pulso
ResponderEliminarHá espaço para tudo. Para o que vem das vísceras e para o politicamente correcto, também.
ResponderEliminarNem só o que é visceral e rima tem certificado de poesia. Felizmente, cada pessoa exorciza os seus demónios com métodos diferentes. Essa é a beleza da poesia, na minha opinião.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBicho d'Ouvido, com o meu comentário entre parênteses não quis dizer que poesia elaborada com o «espírito do politicamente correcto» seja má. Poesia deve-se sentir, não se deve estar a deambular pela nossa mente à procura do que é bonito mas, sim, daquilo que se sente. É aí que quis chegar. Concordo plenamente com a sua frase «Felizmente, cada pessoa exorciza os seus demónios com métodos diferentes. Essa é a beleza da poesia, na minha opinião.» mas desde que não se esteja à procura do termo-chave para agradar aos outros, para ser «bonito», se é que me faço entender. A poesia deve ser precipitada pelo coração, não deve ser fintada. É esse o meu ponto.
ResponderEliminarDer Überlende, confesso que me ri com o seu comentário mas quando escrevi isto, era este o meu estado.
Escreve sempre o que te vai na alma sabendo que depois tens a opção de filtrar ou não. Esse filtro, contudo, nunca deve ser os olhos dos outros mas aquilo que o teu coração (como tu dizes) e a tua mente (acrescento eu) decidirem. Bom poema. Coração em estado bruto.
ResponderEliminarDelicioso. Muita raiva, muito sentimento, muito saber, muito engenho nas palavras. Um oásis.
ResponderEliminarPs: Subscrevo as palavras da Sandra Monteiro.