segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Vegetativo consciente
Quando o meu tempo se confunde
batem os ponteiros
os minutos querem seguir
os segundos preferem parar
a loucura conta até doze
o interior fica crescente e
quando o tempo se reconhece
o corpo realiza fotossíntese à sombra
sombra da mão que agarra o relógio
que agita o passado preso ao pulso
que abre o tempo redondo e
roí até aos ossos o som dos pés
que caminham em direcção ao ninho prometido
por um estrada que sela a confusão
que limpa com ácido as ideias necrosadas e
agora, simplesmente
pelo início do sorriso
pelo toque das palavras
pelo olhar que baloiça nas pestanas
sei que serei sempre vegetal
mas tu serás sempre a sombra do sol.
Simples.
Cada vez que o meu tempo se confunde
voa um beijo soprado pelas folhas verdes.
E a culpa é tua.
Felizmente.
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A dark romance runs in thy veins, dearest of all flowers
ResponderEliminaradorei
Inês(zoca)é tudo tão simples flui com tanta docura...este texto tem qq coisa de amparador espiritual que não é Anjo,mas alguem bom que mora nos planos extrafísicos sadios. Como o nascer do sol, ele irradia a luz. E sempre opera em nome do Grande Amor, que Gera a Vida:)foi o que me fez sentir!
ResponderEliminaradorei!!
Perfeito (que mais há a acrescentar à perfeição?).
ResponderEliminarEm poesia ou prosa, és oficialmente uma das minhas autoras preferidas, de entre os ilustres famosos e os ilustres desconhecidos. E a culpa é tua. Felizmente. :)
Num tempo que já passou não soube que sabias ser assim. Sei agora o quanto ainda há para saber e felizmente tu vais sabendo mostrar a quem souber ver.
ResponderEliminarSublime.
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