quinta-feira, 14 de julho de 2011

Desgaste...

Desgaste na pele que me fere
Seca… profunda
Nas vozes que ouço
Rispidas… tristes
Nos sorrisos que vejo
Falsos…
Desgaste por tudo e desgaste por nada
Pelas voltas que a vida dá
E pela vida que as voltas dão
Por esperar e desesperar
Acreditando que um dia vou alcançar
Desgaste por mim… Desgaste pelos outros
Que não pagam o que devem
Ao coveiro cobrador
Cada dia que o sol nasce
Nasce menos democrático
Já nada é para todos.. já nada é de todos
Aliás – alguma coisa é de alguns?
É gritante o desespero que se vê
Que se canta, ouve e propaga
Como a peste… negra… de carvão
Folheio mais uma página do bloco
E por meio à letra que já mal se percebe, apenas uma palavra…
Desgaste

2 comentários:

  1. Um poema com o som de tambores no fundo... em compasso certo. Mas este som nunca tem desgaste.

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  2. O nada que na realidade é tudo... Um poema em que se sente a náusea. Um poema duro, árido, mas interessante. Um poema de um alter-ego ou de um momento, espero.

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