Quando o Bruno acordou Maria estava a sorrir genuinamente. Tinha numa mão dois copos e na outra um garrafa.
"- Para que é isso?"
"- Quero que passes um bom dia. Este dia é especial para ti, e quero-te feliz, mesmo que não seja na minha companhia."
"- mas..."
"- Aceita antes que o arrependimento..."
"- Obrigado."
O dia seria passado com o passado. Dói, numa dor fina, como um corte de uma folha de papel por entre os dedos, mas preferia sentir a dor do que contrariar uma vontade, mesmo que isso implicasse nunca mais o ver.
Já dias antes mediante.
"-Este livro é o preferido dela, nunca o li."
"-Gostavas de o ler"
"-Sim"
Ofereceu-o com uma dedicatória de quem o quer ao seu lado, mas que o corpo presente parece marcar ainda mais a sua ausência.
Nunca mais o viu, ou o Bruno entrou na fantasia do livro ou se afogou no vinho dentro de um dos copos.
"- Para que é isso?"
"- Quero que passes um bom dia. Este dia é especial para ti, e quero-te feliz, mesmo que não seja na minha companhia."
"- mas..."
"- Aceita antes que o arrependimento..."
"- Obrigado."
O dia seria passado com o passado. Dói, numa dor fina, como um corte de uma folha de papel por entre os dedos, mas preferia sentir a dor do que contrariar uma vontade, mesmo que isso implicasse nunca mais o ver.
Já dias antes mediante.
"-Este livro é o preferido dela, nunca o li."
"-Gostavas de o ler"
"-Sim"
Ofereceu-o com uma dedicatória de quem o quer ao seu lado, mas que o corpo presente parece marcar ainda mais a sua ausência.
Nunca mais o viu, ou o Bruno entrou na fantasia do livro ou se afogou no vinho dentro de um dos copos.
in "guardanapo de papel numa esplanada, 2004"
Belíssimo apontamento.
ResponderEliminarMas ficou um sabor a pouco, um desejo de saber mais.
Anamar
Obrigada AnaMar. É de facto um apontamento de uma longa história.
ResponderEliminarQueremos a história, para conhecer-mos melhor a Maria e o Bruno :)
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