terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mãe


Por vezes a solidão invade-me apesar de tanto amor à minha volta.


Uma solidão castigante de incompreensão e abandono.



Flutuo sem pertencer a lugar algum, talvez fazendo parte dum meio etéreo e suave em que te encontro a sorrir.



Sinto-te em mim nas gargalhadas sadias, no olhar doce e nas palavras caladas vindas do teu coração de anjo.


O teu toque ampara-me (n)as quedas em que estremeço nos sonhos- pesadelos infantis.



O teu perfume inebria-me os afectos, tornando-me numa pessoa melhor.



Por vezes, ignoro os sinais e revelo o que de mais primitivo há em mim.



Instantes que se prolongam por momentos.



Então, concentro-me no teu afago mágico e parto com a música.


3 comentários:

  1. que bom ler te Anamar!"e a vida segue e repousa sobre a musica,às sombras da saudade":))

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  2. inquietante... contudo, confortável.
    Boa surpresa, bem vinda Anamar

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  3. Tanto que diz... e de forma tão calma, suave. Gostei muito, AnaMar. Bem-vinda! Espero o próximo texto :)

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