terça-feira, 3 de agosto de 2010

Amando o Caído



Deixo sempre as coisas chegarem até a mim de forma natural. Mas é no contacto espiritual íntimo que vêm as informações mais profundas como esta que compartilho agora.

Ele traz no pescoço uma cobra enrolada, segura na mão direita um tridente e está sentado sobre um tigre. Tudo muito forte e muito vivo.

Num diálogo mental, ele perguntou me :
"Tu tens medo?"
Sem pensar respondo que não. Completo dizendo que tenho amor.

Em seguida, ele mostra me que a sua pele é azul porque bebeu o veneno do mundo; então, aparecem as feras lutando num patamar abaixo da montanha. Homens caçando leões e tigres, seres sendo devorados, Ele explica me que essas energias representam o nosso ódio, raiva, luxúria, ganância. Energias que estão misturadas no homem.

Subitamente, tudo se transforma em luz e vejo um oito luminoso e dele surgir a nossa galáxia. Neste momento, assisto ao alinhamento planetário que está acontecendo agora. Ele mostra-me a Terra recebendo essas influências e, de repente, sou trazida novamente para o meu corpo físico através de um feixe de luz. Ele indica me que o alinhamento está dentro de nós, que tudo está dentro de nós, que somos o centro da vida, da consciência.


Enquanto ainda estava sem palavras, ele diz me que o que transforma e liberta é o amor e o perdão.

Todos os que estão errando, criando um clima terrível em torno de nós, na verdade, mesmo que não o saibam, estão implorando amor. Isto parece, à primeira vista, um total absurdo, mas não é, podem acreditar. Somos Amor e por ele fomos criados. Esta é nossa essência, indiscutivelmente. Quando nos afastamos dela, caímos, sofremos,esquecemos nos de nós mesmos, passamos a viver na ilusão, e, usando da liberdade de escolha que nos é inerente,vamos por caminhos que nos podem manter enganados por muito, muito tempo...
Podemos preencher nos, apaziguando a ânsia que nos leva a bater em portas enganosas, que nos faz acreditar em propaganda mentirosa, que nos faz viver um roteiro pobre e insatisfatório, que no fim nos premia com um vazio ainda maior!

Viver é amar e não amar é estar morto, verdadeiramente, mesmo ainda no corpo de carne. Tão simples assim, tão fácil e complicamos tudo, criando para nós exigências pesadas, buscando honrarias e condecorações que muitas vezes apenas nos tornam a vida ainda mais pesada, invejada, difícil.

Nem precisa vir de fora esta recompensa, pois mesmo que ninguém reconheça qualquer bem que fazemos a nossa alma comemora cada uma dessas conquistas, com uma festa completa em nossa consciência! Não há prémio maior, amar o que caiu.

4 comentários:

  1. Os teus textos são muito íntimos. Ainda bem que de vez em quando nos deixas ver o mundo através dos teus olhos (ou do teu coração). Um antídoto para o "veneno do mundo"

    ResponderEliminar
  2. "Em seguida, ele mostra me que a sua pele é azul porque bebeu o veneno do mundo..." Não sei quem esta personagem mas esta breve descrição deixou-me muito interessada.
    Aproveitando a deixa do título anterior, diria que nunca perdeste a inocência. E isso é das melhores coisas que alguém pode ter em si. Como diz a Sandra, os teus textos são mesmo um antídoto, uma bolha de luz; consegues pôr-me a olhar para dentro.

    ResponderEliminar
  3. "Viver é amar e não amar é estar morto, verdadeiramente, mesmo ainda no corpo de carne"

    só quem sabe o que é o amor pode escrever um texto destes. Em ti, o amor flui com uma naturalidade divinal

    ResponderEliminar
  4. Basta ler a primeira frase e a escrita de Natália é automáticamente reconhecida :) Só ela consegue pegar neste tema difícil e dar-lhe este encanto, suavidade e beleza. Eu fico a ler e a sonhar. Muitoo bom, Natália :))

    ResponderEliminar

Impossibilidades

É onde a cabeça de uma sweet little sixteen cai, frequentemente. Rola, desespero abaixo e, pum, estilhaça-se no vazio. Foge, acelerada, do...