terça-feira, 12 de outubro de 2010

Além Tejo


A manhã apressa-se ao som do rock-pop refrescante.

O gorgolejar de água pincela de azul, o quadro de pastos adourados pelo calor do vento.

Os sobreiros erguem-se imponentes, competindo com as oliveiras de sabor mediterrâneo.

Sons de "espanta-pássaros" cortam o ar quente dum sol escaldante.

Uma aragem toca d-e-v-a-g-a-r o meu corpo deitado.

Sento-me entre um beijo calado e um poema inacabado.

Agarro as palavras com que amanheço (s)em sono.

As formigas são a distracção quase hipnótica do momento em silêncio.

Calo a voz, solto os cabelos e apago o sol para um exílio inacabado.

Vai o dia a meio.

E sorrio.

6 comentários:

Impossibilidades

É onde a cabeça de uma sweet little sixteen cai, frequentemente. Rola, desespero abaixo e, pum, estilhaça-se no vazio. Foge, acelerada, do...