domingo, 15 de agosto de 2010

de Costura



Máquina
Que pára
Ao ponto
Redondo
Perfura
A agulha
Um sinal
Sem cura.

Máquina
Que anda
À linha
Recta
Prende
Bainha
À Vida
Encoberta.
Máquina
Que sofre
Ao lado
De mim
Motor
Que gira
Numa carretilha
Sem fim.
Máquina
Que sabe
Ao nascer
Sorrir
Quer
Parecer
Para nunca
Iludir
Máquina
Que escuta
O pedal
De metal
Cortou
Estancou
E por fim Assentou…
...uma mortalha.

7 comentários:

  1. Eu venho
    aqui
    ler, beber
    sentir
    feliz
    por saber
    poder
    sorrir, gostar.

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  2. Poesia pura, finalmente... Se bem que nunca li um texto teu que não fosse um poema. Como sempre, alto, muito alto.
    [Eu prometi que não voltava a insistir, mas tu tens de ser lida por mais gente. Faz-te publicar, por favor, miúda]

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  3. És uma alma Iluminada e Elevada minha querida. Produzes um efeito mágico no "outro". Aquele que se deslumbra e encanta com tudo o que escreves onde revelas e partilhas o teu grandioso mundo, o teu lindo e invulgar interior.

    Beijinho no teu coração enorme. :D

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  4. é uma chave preciosa...uma ajuda para começar uma grande viagem...obrigado Inês:)))

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  5. Simplesmente fantástico. Tal como fiz para a Natália, presenteio-te com a frase que nasceu com o meu acordar de hoje:

    "A minha maior virtude
    É a de ser palhaço
    Fazer rir os outros
    Quando a mim me apetece chorar"

    Beijos grandes

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  6. ... como é que eu ainda não deixei claro o quanto achei este texto fascinante!??!?

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  7. Simples. Intenso. Assim como uma menina de vestido encarnado brincando com o lado menos risonho da vida. E ainda assim, toda ela luz!!!
    Um beijo de alguém que algum dia gostava de escrever assim. Beijos

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