terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Grito mudo
Quedam-se as mentes dormentes na esteira
Volve-se a quente a gente esterqueira.
Falta-nos alma
na calma a pesar
Sobra-nos mágoa
de água a gelar.
Povo sem veias, não creias que sim!
Povo em teias de um nome ruim.
Basta-te o pouco
de um louco rufião
Clamas por nada
sem voz ou razão.
Céus incolores com dores de mudez
Ouvem as vozes dos burros talvez…
Mas outras em grito
não rasgam o céu.
Abram gargantas!
Levantem o véu!
Cesse a vontade do homem tirano
E vença a justiça deitada pelo cano!
Vivam-se os dias
Em digna bonança
Ilumine-se a noite
Conquiste-se a esperança.
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Sandra, se soubesse musica, compunha para o teu poema. Gostei... muito
ResponderEliminarCanção de intervenção precisa-se! O teu poema está a pedir uma música, como diz o João. Gostei muito. :)
ResponderEliminar"Acordai homens que dormis a embalar a dor dos silêncios vis", já dizia o Lopes Graça. Gosto do teu grito e não preciso explicar porquê. Gosto do poema em si porque só algumas combinações de palavras, ditas da maneira certa, têm o dom de nos obrigar a indireitar a espinha. "Conquiste-se a esperança".
ResponderEliminar(tenho cá um orgulho de ser tua homónima :)
Mas que ritmo! Palavras bem pensadas que se lêem mas que fazem a sua prória pontuação... quem lê sente-se impulsionado pelo som, é impossível não ler até ao fim, várias vezes.
ResponderEliminarGeração nem rasca nem à rasca, mas sim geração de luta, de força, de inteligência, de trabalho, de cooperação, de humildade, de amor, de família, de amigos, ...
ResponderEliminarGeração de gente boa
Geração de gente que está farta que lhes chamem nomes estúpidos!
A geração que está a mudar o Mundo
AQUI FICA O MEU MANIFESTO AO SEU POEMA..
ResponderEliminarNÃO ESTÁ SÓ NESTA SUA DENÚNCIA, EU ESTOU CONSIGO.
Porque me perco eu?
Neste mundo desabrido
Tenho dias, escuros como breu
Outros muito coloridos
Espero que anoiteça
Que volte a luz do dia
Continuo, até que adormeço
O mundo continua vazio
Faço meus projectos mentais
Revolto-me, como toda agente
Para mim já tudo é demais
Nunca chego estar contente
Vou-me levantar desta utopia
Que me está afogar
Sacudir a letargia do dia
E tudo vou abanar
Abanar com palavras escritas
Só chegam a quem sabe ler
Tudo o resto são mosquitos
Será que tem direito a viver
Levanta-te povo ferido
Revolta-te contra a traição
Num esgar de agonia
Deixa em casa o teu cadeirão
Está na hora de marchar
Portugal não merece o castigo
Combater este marasmo
É connosco, é comigo, é contigo
por: joaquina
Joaquina, devia publicar os seus poemas no lugar que merecem e não nos comentários... ;) E viva a revolução! ;)
ResponderEliminarObrigada Sandra pelo seu comentário!!
ResponderEliminarDiga-me como?? para além dos meus blogs!! Claro...
Também penso que deveriam ser lidos por mais gente sim...
um abraço, joaquina