segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pões-me doido

[Uma do fundo do baú.]

Espreito pelo buraco na lona
e vejo-te nua e lânguida,
parada e mexida.
Vou e mordo de raiva os teus lábios,
e perco-me a endireitar linhas
quando ergo as tuas mãos que são minhas.
Toco os teus lábios encerados,
e absorvo o perfume leitoso
enquanto olho o teu queixo charmoso.

3 comentários:

  1. Bom para os dias frios, este teu texto ;)

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  2. Um poema que se sente "rápido" mas ao mesmo tempo com gestos lentos, que se conseguem visualizar como num filme...

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