sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Mãe d'água



É o frio do vento salgado
e a espuma das maçãs
que reencontra lentamente
a minha voz.

São
os morangos silvestres
e
a música italiana
que me põem o vermelho na boca.

É a terra de cor quente
que pertence às árvores,
à água
e às pedras cor de vidro.

São os silêncios
dos meus cabelos esvoaçantes
porque
o leite dos figos
faz feridas
no coração
e
subir às árvores
é
tentar ver-te
por entre os telhados de música viva.
1982; Julho; Diário Prateado

4 comentários:

  1. nascem letras, formam-se palavras, desenha-se poesia

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  2. e por entre os telhados naquele cantinho sonhado, suspirado, naqueles dias sem fim:)

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  3. Este poema... tem som, olhar, toque, aroma, sabor que apetece repetir :)

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  4. NÃO SERI A QUEM ME DIRIGIR..
    CHEGUEI A ESTE BLOG
    ATRAVES DE UM SEGUIDORA MINHA..
    GOSTARIA DE PODER DIVULGAR AQUI MEUS TRABALHOS!! COMO POSSO FAZER?? ALGUÉM ME PODE AJUDAR..
    CUMPRIMENTOS, JOAQUINA

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