sexta-feira, 5 de março de 2010
Quando a cidade adormece
e eu acordo sobressaltado com a minha própria respiração,
percebo que partiste e deixaste atrás de ti o perfume da minha humilhação
Percebo que os gatos que pisam periclitantemente o velho telhado
e os grilos que na penumbra cortam o silêncio à navalha,
me fazem querer gritar até as amígdalas implodirem
e a basílica vizinha implodir num repente.
1 Fogo extinto, o seu rescaldo, debandada progressiva, cinzas frias
o alinhamento deste canal televisivo demoníaco
A cortiça que é a minha garganta lasca-se em curtos intervalos
e a luz do candeeiro pendente lá em baixo, presencia este velório
O que faz de nós pedaços de papel amassado caídos ao lado de um cesto de lixo?
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Impossibilidades
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... porque é que eu nunca li isto??? :D quem te ensinou a escrever assim? Está genial.
ResponderEliminarFoi inspiração da chuva de hoje mesmo. Está para sair desde anteontem mas só agora quis sair.
ResponderEliminarSaiu no momento certo, como sempre. V*!
ResponderEliminare que bem que saiu!
ResponderEliminarbem esgalhado.parabéns!
ResponderEliminarmuito orgânico, cru
ResponderEliminarmaravilha de ler
Floresta encantada. Momentos solenes de dores amansadas. Num fogo controlado pelo destino que somos NÓS.
ResponderEliminarAdorei.